14/04/10

"Trabalho forçado" para os desempregados? (II)

J.K. Rowlings escreveu o primeiro volume do Harry Potter enquanto recebia o subsidio de desemprego (ou uma prestação do mesmo género); se ela tivesse tido que fazer trabalho comunitário dutante esse periodo, será que teria tido tempo para escrever o seu livro (e dado origem à sequência de acontecimentos que provavelmente a tornou uma contribuinte líquida do Estado Social), ou teria ficado presa num ciclo de trabalhos ocasionais - desemprego/trabalho comunitário, acando, no fim, por pagar muitos menos impostos e recebendo muito mais subsídios do que pagou/recebeu?

2 comentários:

Gonçalo Valverde disse...

Por outro lado o mundo teria sido poupado ao Harry Potter... humm..

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Por cada desempregado que faça "trabalho comunitário" há um empregado que fica sem emprego. Se este também fizer "trabalho comunitário", já são dois. Como o empregador não lhes paga um cêntimo do pouco que recebem - afinal o trabalho é "comunitário" - quem é que lhes paga? Paga a Segurança Social, para a qual eles também contribuíram e voltarão a contribuir se e quando arranjarem emprego permanente.

Cumpre-se finalmente o sonho de todos os patrões: que as pessoas paguem para trabalhar.