Depois de Léo Ferré, Georges Brassens e Jacques Brel, desapareceu ontem mais um dos muito grandes da canção francesa.
Representante típico de gerações de intérpretes politicamente engagés, para sempre ligado a Nuit et Brouillard e a tantos outros títulos, o eterno compagnon de route do Partido Comunista Francês, que não hesitou em denunciar a invasão de Praga em 1968.
C'est un nom terrible Camarade
C'est un nom terrible à dire
Quand, le temps d'une mascarade
Il ne fait plus que frémir
Que venez-vous faire Camarade
Que venez-vous faire ici
Ce fut à cinq heures dans Prague
Que le mois d'août s'obscurcit
Mais informação aqui.
6 comentários:
Joana Lopes: Boa tarde! Andando a recolher testemunhos sobre Jean Ferrat - eu gosto sobretudo do Ferré de L´Amour/l´Anarchie - deparei com uma entrevista de G. Moustaki ao Le Point.com e uma nota no Nouvel.Observateur.com. A filiação dele no PCF não é referenciada.O que não tem importância de maior, no entanto.O Montand não acabou a sua carreira renegando quase todos os seus compromissos com a Esquerda? Moustaki acentua mesmo que " era um homem comprometido, mas não gritava as suas opiniões. Fazia isso com Poesia". Por causa do Vietnam, em 1975, viu uma emissão de Jacques Chancel- uma espécie de C. Cruz dos bons tempos- censurada na Antenne 2, hoje France 2, a TV estatal. A letra do " Ar de Liberdade " referia-se ao duque de Omersson, na altura director do grande matutino da direita, Le Figaro;o coriféu da burguesia protestou e ficou tudo em pantanas... Bom vento! Niet
Sr. Anónimo, não terá importância, mas o Jean Ferrat é habitualmente citado como sendo um comunista quer nunca aderiu ao PCF (ver, por exemplo, parte do programa de ontem da TV2 francesa em http://www.youtube.com/watch?v=OjO-8m1wvsI).
Obrigada, Niet. Ainda não tive tempo hoje de procurar muitas coisas sobre Ferrat, mas vou já ler o que escreveu Moustaki no Le Point. O NObs. vi.
Julgo que Ferrat nunca terá sido filiado do PCF - li isso algures na noite passada.
Sim, «Compagnon de route du Parti communiste français, sans jamais en avoir été membre», um pouco por toda a parte: Wikipedia, Le Monde, etc.
Joana Lopes: Com o adiantado estado de decomposição do PCF, para lá do bem e do mal,o Figaro permite-se, é o termo, de iludir e rasar a evocação livre de Ferrat ao lado dos comunistas e da Esquerda em geral. O Libé fala nisso de forma correcta. De qualquer das formas, Ferrat não era tão popularmente conhecido como Moustaki, Bárbara ou Ferré.E eu já só consigo " ouvir" o Ferré...Niet
Ferrat-VI * Joana Lopes:
Pierre Juquin, célebre quadro intelectual do PCF, ministro de Miterrand, afirma na Marianne On Line que Ferrat foi até ao fim da vida " compagnon-de-route " do PCF; e ambos tinham um amigo comum, Louis Aragon, de quem Ferrat cantou e musicou inúmeros poemas. Depois, por certo com muita angústia, cita o calor popular que envolvia as iniciativas culturais do PCF e onde Ferrat era uma das vozes mais activas e aplaudidas pelos militantes. Isso há 25 anos, é evidente! Niet
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