O Blasfémias e O Insurgente linkam para um lista de guilhotinados pela Revolução Francesa (ou de condenados à morte, ou de condenados à morte, prisão, ou deportação, ou caisa parecida).
A esse respeito repito o que escrevi em tempos noutro sítio: muitas (quase todas?) dessas pessoas foram executadas por "crimes" (aliança com países inimigos, rebelião armada, conspirar contra o governo, colaboração com um governo deposto considerado opressivo, deserção, etc.) que, à época, eram punidos com a pena de morte em qualquer pais da Europa. Ou seja, o governo revolucionário francês seria particularmente repressivo (pelos padrões da altura), ou será que a diferença era apenas quem em França havia muito mais gente a cometer "crimes políticos" do que no resto da Europa (como é normal num período revolucionário)?
Falando em termos mais gerais, usar o número de mortos ou de presos políticos como medida da "repressividade" de um regime pode ser enganador, já que um regime fortemente repressivo pode ter relativamente poucos presos políticos (porque as pessoas evitam actos que os possam levar à cadeia); na verdade, num regime em que a população esteja totalmente aterrorizada com medo do governo e das forças repressivas, é possivel que não haja presos (ou executados) políticos nenhuns.
17/03/10
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1 comentários:
Caro M.Madeira: A sua deriva exaltante deve- a meu ver e com amizade- ter um processo narrativo ordenado e sinalizado.Por exemplo, o Daniel Guérin publicou teses muito diferentes das de Labrousse e Soboul, sobre o papel do proletariado e do campesinato na destruição do Absolutismo monárquico.O " jacobinismo " de Robespierre era politica e socialmente diferente do " sans-culotisme " de Saint-Just.E depois a vasta e complexa galeria de ideólogos e homens de acção:Marat,Babeuf,Blanqui... A que mais tarde se juntam as teses de Engels sobre o i8 Brumário; e
Gramsci e Max Adler, em planos distintos, dissecam laços invisíveis entre o ideal jacobino e o césarismo social ou os Conselhos Operários. E a sua perspectiva, meu caro,segundo análise de Henri Lefebvre( in De L´Etat)tem laivos de ser semelhante com o método regressivo-progressivo adoptado por Albert Soboul para comparar 1789 com a Revolução Russa:" Enquanto fenómeno total, a Revolução Francesa tem qualquer coisa de inesgotável. Para o vencer ter-se-à que optar por uma caracterização das conseguências ditas históricas em vez da tentação de um saber totalizante e exaustivo ", H.Lefebvre. Todo um longo caminho a percorrer em unidade e determinação, portanto, hoje !. Niet
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