07/04/10

O jeito que dá a dialéctica

Neste post do Bruno Sena Martins fala a voz do desespero a que pode ser levado um rapaz fiel à dialéctica. Extinta a possibilidade de estabelecer uma oposição entre o seu clube e o clube rival, por motivos óbvios que têm que ver com o facto de dever ser claro para todos que falamos de desportos diferentes e que não devemos cair na tentação de comparar um rapaz chamado David Luiz a um outro chamado Bruno Alves, o Bruno dedica-se a replicar a oposição no interior do clube adversário. É como aqueles renovadores comunistas que, desistindo do seu partido de origem, canalizam todas as suas energias na mítica disputa interna entre a ala esquerda e a ala direita do PS. A incomensurabilidade devia ser mais apreciada pelos intelectuais anticapitalistas.

3 comentários:

Joana Lopes disse...

Percebendo só minimamente o que está em causa no plano futebolístico, gostei no entanto da tua comparação com os renovadores. :-)

Bruno Sena Martins disse...

Logo se nota que fala um infiel do sul, pois bem, devia saber que a derrota aguça a dialética (não a transcende, portanto) - mas aceito que me seja imputada a falta de prática de um portista nestas lides (da derrota, isto é).

Ricardo Noronha disse...

Não te preocupes Bruno. Vão-se habituar à derrota com a naturalidade de quem lava os dentes.