No dia em que se assinala o 79º aniversário da implantação da República, multiplicam-se as manifestações em Espanha, de um modo geral associadas à defesa do juiz Baltasar Garzón que se arrisca a ser destituído de funções por ter pretendido investigar crimes ligados ao franquismo.
É o caso, por exemplo, da Izquierda Unida que lançou um manifesto a favor de Garzón e aproveitou para sublinhar que «a monarquia é a negação da igualdade perante a lei», que é tempo de «avançar na legítima aspiração pela III República» e de recordar que o rei Juan Carlos nunca condenou a ditadura de Franco.(A propósito, talvez seja bom rever o juramento do rei.)
Mas foi em Buenos Aires que ocorreu hoje a mais importante iniciativa relacionada com o caso Baltasar Garzón: já que se pretende impedir que os julgamentos aconteçam em Espanha, então que sejam feitos na Argentina – é o que exigem familiares de vítimas do franquismo e uma dezena de organizações argentinas e espanholas que apresentaram ao Tribunal Federal uma denúncia por genocídio e crimes contra a humanidade, cometidos em Espanha, de Julho de 1936 a Junho de 1977.
Entre outras coisas, pedem uma lista com o número de desaparecidos, assassinados e torturados, outra com as fossas encontradas em Espanha, a identificação das crianças roubadas às famílias durante a ditadura e os nomes de todas as empresas privadas, ainda activas, que beneficiaram do trabalho forçado dos presos republicanos.
(Aqui, texto na íntegra.)
P.S. - Ler também.
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