«Visita do Papa servirá para animar os portugueses», é o título escolhido pelo Público para resumir a opinião de especialistas em religião, convidados a pronunciarem-se sobre o assunto. Será «sobretudo um ânimo», «deverá despertar energias», «contribuir para a elevação espiritual de Portugal».
Leio também que a grande incógnita é «saber se esta visita servirá para “mitigar alguma conflitualidade latente em torno de temas” como o aborto e o casamento homossexual.» Como assim? Mitigar?
E depois de muitas considerações mais ou menos beatíficas sobre a importância da religião em tempos de crise, chega-se não à cereja mas a um imenso cerejal em cima do bolo: «a polémica da pedofilia não afecta a maioria dos católicos porque o público que vem ver o Papa não é o mesmo público informado e crítico». Atestado de reconhecida ignorância ou bem-aventurada estupidez. Lido e registado.
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