21/11/11

A verdadeira revolução



Este fim-de-semana teve início a segunda fase da revolução egípcia, que poderá levar a uma verdadeira revolução na distribuição de poder no país. Após a queda da face do regime, Hosni Mubarak, abre-se uma janela de oportunidade para o desmantelamento do aparelho fortemente hierárquico e repressivo que sustenta a oligarquia egípcia.

2 comentários:

Anónimo disse...

A previsão de Samir Amin- O sistema político do Egipto tem duas sedes de poder: o militar e o confessional, este incarnado pelo movimento " Irmãos Muçulmanos ", que possui um extravagante ideário polítco muito conservador, pois, dizem-se anticomunistas,antidemocráticos e pró capitalistas incensando o lucro como coisa suprema. É um erro clamoroso pensar que se trata de uma sociedade atrasada ou politicamente menor. Os afrontamentos do passado fim-de-semana são mais um episódio da estratégia de Termidor que o exército, os I.Muçulmanos e os americanos planificaram para consolidar o projecto de poder.Os USA não querem perder, de forma alguma, a grande influência que detêm na sociedade egipciana de hoje, e o ascendente que ganharam desde os anos 80 na geopolítica da região onde o Egipto tem uma posição fulcral. Há uma fantástica previsão de Samir Amin, que transcrevo, dada numa entrevista datada ao quotidiano francês, " L´Humanité ".Diz o grande economista e politológo franco-egípcio:" Os Estados Unidos não renunciarão a salvaguardar o essencial: o sistema militar e o policial. Podem encarar mesmo o reforço desse sistema militar e policial graças a uma aliança( deles, USA) com os " Irmãos Muçulmanos " ". Niet

Anónimo disse...

Robert Dreyfuss: Toda a gente desconfia agora de toda a gente no Egipto!O free-radical correspondente USA em Alexandria, autor do célebre " O jogo do diabo: como os USA ajudam ...o Islamismo ", assegura que os " Irmãos Muçulmanos " tentaram três vezes matar Nasser, com apoios da CIA e de altas patentes do exército naquele tempo...Talvez, infere-se, os " I.M.", se posicionem nos dias que correm para apoiar um golpe de Estado rampante a favor do " Ocidente ", com a provável ilegalização com banho de sangue dos partidos da extrema-esquerda laica e salafista egipciana. Niet