Algumas perguntas sobre os tempos que correm:
1 - O facto de vários jornalistas terem reportado uma situação em que o tribunal teria deixado em liberdade um perigoso terrotista procurado pela Interpol diz-nos o quê sobre o estado do jornalismo?
2- Por que razão falam os jornalistas de "alegada violência policial" a propósito dos acontecimentos do dia da greve geral? Qual a razão do alegada? A própria polícia diz que teve que recorrer ao uso da força aqui e ali. Polícia não é contrário de violência, mas de monopólio da violência.
3 - A censura recomendada por João Duque à RTP Internacional também se aplica à RTP nacional? Por que razão não mostram as imagens que têm dos acontecimentos do dia 24 de Outubro?
4 - Por que razão ninguém pede a demissão de José Manuel Anes? Diz ele hoje em declarações à TSF e à rádio que a política deve respeitar a lei mas ser eficaz. Este "mas" é todo um programa. E é vergonhoso que alguém que entende que a lei é um travão à eficácia (e não condição da eficácia e definição do que é e não é eficácia) ocupe a posição que ocupe.
29/11/11
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
"Polícia não é contrário de violência, mas de monopólio da violência" ??
Depois de ouvir ontem o Ministro afirmar, ao comentar as imagens sobre a algressão do policia à paisana no tal alemão (o video que circulou na internet e que as tvs também passaram) que aquela situaçao tem de ser contextualizada. Que há um contexto que explica aquela imagem (a alegada agressão do alemão a um polícia) também acho que devemos exigir a demissão deste ministro porque há no que ele diz também um programa. Aquele que crê existir situações em que os polícias têm a justificação para não cumprir a lei. Bater violentamente com um bastão em alguém manietado por vários polícias não tem em qualquer lei ou em qualquer lugar nenhuma justificação nem contextualização, e o sr. Ministro estava a comentar esta agressão em particular. O jornalista perguntou-lhe como é que explicava aquelas imagens (foi pena ter ficado contente com a resposta do Ministro Macedo).
Zé, o Anes é todo um programa.
Já o OSCOT é uma entidade tenebrosa...
"O OSCOT - Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, é uma entidade sem fins lucrativos de carácter associativo, independente do poder político e dos órgãos de soberania. Assume-se, assim, como uma entidade da sociedade civil mas com fins públicos, preocupada com os assuntos da Segurança nas suas várias vertentes, sobretudo com a segurança individual, enquanto valor fundamental associada ao direito à liberdade."
Pelo que percebo não é um organismo do Estado. Ainda que seja sempre apresentado como tal.
Enviar um comentário