22/05/10

A esquerda agradece


«A direcção do PS vai apoiar oficialmente Alegre, mas apenas em dose mínima garantida. Ninguém espera um envolvimento directo do aparelho central do partido na candidatura alegrista, nomeadamente em aspectos logísticos e/ou organizativos. Sócrates, pelo seu lado, deverá invocar a necessidade de o apoio do PS ao candidato-poeta não afectar a cooperação institucional entre o Governo e o PR.» (DN)

Haveria uma decisão alternativa:

«A direcção do PS vai apoiar oficialmente Cavaco, mas apenas em dose mínima garantida. Ninguém espera um envolvimento directo do aparelho central do partido na candidatura cavaquista, nomeadamente em aspectos logísticos e/ou organizativos. Sócrates, pelo seu lado, deverá invocar a necessidade de o apoio do PS ao candidato-economista não afectar a oposição institucional entre o Governo e a Esquerda.»

(Publicado também aqui)

P.S. - Ricardo Alves, no Esquerda Republicana:
«Pairando a suspeita de que Sócrates até prefere que Cavaco continue em Belém, estão criadas as condições para que um voto em Alegre seja simultaneamente um voto num candidato do PS e um voto contra Sócrates. E se Alegre ganhar mesmo em Janeiro de 2011 nestas condições, será o Presidente mais independente de apoios partidários desde o primeiro mandato de Eanes.»

5 comentários:

Anónimo disse...

Caríssima Joana Lopes- Cuidado com as manipulações pseudo-jornalísticas pró-socráticas dessa dupla infernal-negociante-futebolística-acaparadora- J. Marcelino/ Joaquim Oliveira!!!O candidato M. Alegre deve estar alerta, pois! Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Cara camarada Joana,
antes de ver que tinhas publicado também aqui a intervenção do Ricardo Alves, publiquei na caixa de comentários deste teu post na edição do Brumas, a seguinte resposta, que, com tua licença, reproduzo aqui.
Abrç
miguel

"Pois é, Joana, o Ricardo enuncia um raciocínio logicamente irrepreensível, mas cujas premissas empíricas se aproximam do contra-factual. Com efeito, para que o voto em MA fosse um voto contra Sócrates - que, verosimilmente, sim, prefere Cavaco em Belém, como garante da estabilidade de um Bloco Central por si liderado -, seria necessário que MA se desfizesse decididamente da atitude de "compreensão" pelas políticas do Governo que ainda recentemente reafirmou. Ou esta atitude de "compreensão" será diferente de uma atitude de "apoio", e/ou de justificação da "necessidade" da política de Sócrates, desencorajando ao mesmo tempo iniciativas que se lhe oponham?"

Joana Lopes disse...

Miguel,
O teu "ódio" à candidatura MA cega-te: claro que ele tem de se demarcar das políticas do PS e espero que o faça. Btw, isso será tanto mais fácil quando mais fraco for o apoio de Sócrates. Se assim mesmo ganhar... (segue-se o que o Ricardo A. quis dizer, julgo.)
(Repondo resumidamente porque estou a escrever num estranho MAC...)

Miguel Serras Pereira disse...

Joana, é o teu "ódio" - corporativo? - que te cega à superioridade do MAC.
Quanto ao MIC e ao Manuel Alegre, penso que és tu que cedes ao "pensamento desejante". Se alguma coisa de significativo pudesse resultar da candidatura de MA - ainda que derrotada - seria suscitar, facilitar na áera socialista uma oposição consistente à direcção de Sócrates e às suas orientações políticas. Para mim, isso seria desejável - preciso de to dizer? -, além de que, sem que se registe uma viragem, digamos, democrática na área (de influência) socialista, as perspectivas que se anunciam para os tempos que aí vêm se tornam mais sombrias.
Abrç
miguel sp

henedina disse...

Um voto em Alegre se for apoiado pelo PS era um voto contra Socrates? Qual Sócrates, o Grego?